6.11.06

Watch the documentary - Céu do Juruá Community , Seringal Adélia

Photo by Luis Eduardo Pomar

The Juruá River has many stories, one of them is about a man called Padrinho Sebastião Mota de Melo, a man of the forest who knew many mysteries. He was born with deep abilities that he developed into healing skills and spiritual wisdom within the forest of Juruá. At the age of 40 years, he left this region and never returned. Today, his son, Alfredo Gregório de Melo, also born in Juruá, continues in his father's footsteps. His project of building the community of Céu do Juruá , at Seringal Adélia, is a return to the work that his father began. Photographs and interviews by Michael Ende, edited by Luis Eduardo Pomar, english translation by Lou Gold and Guilherme Barcellos - 2006

17.9.06

Vídeo Institucional Saúde Nova Vida - Parte 1

Veja o vídeo sobre o importante projeto do Centro Medicina da Floresta, coordenado pela Professora Maria Alice Freire, nas regiões ribeirinhas do Vale do Juruá. Direção:Davi Nunes de Paula - Edição:Pedro Marques

Vídeo Institucional Saúde Nova Vida - Parte 2

Vídeo Institucional Saúde Nova Vida - Parte 3

Vídeo Institucional Saúde Nova Vida - Parte 4

Vídeo Institucional Saúse Nova Vida - Parte 5

Vídeo Institucional - Saúde Nova Vida - Parte 6

Filme da Colônia 5000 - Anos 80 - Alex Polari, Gil Ribeiro e José Tavares

Up-load:Pedro Marques

Colônia 5000 - Parte 2

Colônia 5000 - Parte 3

Colônia 5000 - Parte 4

Colônia 5000 - Parte 5

Colônia 5000 - Parte 6

Colônia 5000 - Parte 7

Guardiões da Floresta - Parte 2

Guardiões da Floresta - Parte 1

Filme de Sérgio Bernardes 1992 - Up-load:Pedro Marques

Guardiões da Floresta - Parte 3

Guardiões da Floresta - Parte 4

Guardiões da Floresta - Parte 5

Guardiões da Floresta - Parte 6

Guardiões da Floresta - Parte 7

Guardiões da Floresta - Parte 8

Guardiões da Floresta - Parte 9

14.9.06

"Assim como o raio de luz é decomposto pelo prisma nas várias cores do espectro solar, assim também o raio da divina verdade ao passar pelo trilátero prisma da natureza humana, foi decomposto em vários fragmentos coloridos chamados RELIGIÕES...combinados, seus ensinamentos representam a única verdade eterna; separadas, são apenas sombras do erro humano e os sinais da imperfeição"
H.P.Blavatsky

9.9.06

Mark Henson



Like some paintings by Alex Grey, Henson‚s Astral Embrace (1978) and Illusion of Reality (1995) treat the emergence of the soul from the body, or the emergence of the spirit into a loftier realm. Yet, with the exception of Scarab (1982), a single early work clearly derivative of some of Rick Griffin‚s album covers for the Grateful Dead, Henson has relied on his personal vision rather than inspiration from other contemporary artists. Consequently, he has evolved a mature personal style that deserves broader scrutiny by the public. A majority of "New Age" visionary artists clutter their canvases with cosmic symbols recycled from the iconography of the world‚s various religions, both extant and extinct.

2.9.06

Pré-Rafaelistas

Dante Gabriel Rossetti

A Irmandade Pré-Rafaelita (Pre-Raphaelite Brotherhood ou PRB em inglês), também Fraternidade Pré-Rafaelita ou, simplesmente, Pré-Rafaelitas, foi um grupo artístico fundado em Inglaterra em 1848 por Dante Gabriel Rossetti, William Holman Hunt e John Everett Millais e dedicado principlamente à pintura. Este grupo, organizado ao modo de uma confraria medieval, surge como reacção à arte académica inglesa que seguia os moldes dos artistas clássicos do Renascimento. Inseridos no espírito revivalista romântico da época, os pré-rafaelitas desejam devolver à arte a sua pureza e honestidade anteriores, que consideram existir na arte medieval do Gótico final e Renascimento inicial (Proto-Renascimento). Ao se auto-denominarem pré-rafaelitas realçam o facto de se inspirarem na arte anterior a Rafael, artista que tanto influencia a academia inglesa e que é consequentemente criticado pelos pré-rafaelitas. A influenciar este grupo vão estar também os Nazarenos, uma confraria de pintores alemães que, no início do século XIX, se estabelece em Roma e tem como objectivo repor a arte paleocristã.
Embora tratando-se de um grupo de artistas unidos em prol do mesmo objectivo, o grupo não se revelou homogéneo nas suas produções podendo-se observar uma ramificação em dois géneros diferentes dentro do movimento: por um lado alguns destes artistas (Millais, Holman Hunt) vão dedicar-se aos temas e problemas da sociedade actual cada vez mais materialista, utilizando para isso uma representação realista; por outro lado outros artistas (Rossetti, Edward Burne-Jones) vão ligar-se mais a temas medievais inspirados em Dante (cujo nome inspirou o primeiro nome de Rossetti) na sua Divina Comédia, em lendas como a do Rei Artur, cenas religiosas, carregando as suas composições de misticismo numa versão mais visionária. Pode-se afirmar que esta segunda variante dominou o movimento.
Independentemente do tema retratado, torna-se essencial que a obra de arte transmita uma ideia autêntica, fruto da individualidade do artista. Este não tem de se submeter a regras rígidas e castradoras de representação, deve antes ser livre na sua criação artística. A sua arte vai-se opor ao método tradicional de representação da natureza prescindindo do trabalho de atelier e recusando a normalidade das composições académicas (ex: eliminando-se a linha do horizonte).
John Everett Millais, Ophelia, pormenor, 1851-1852, Londres.O artista aspira à beleza poética, à representação além da realidade visível: trabalha-se com a matéria da alma e a espiritualidade. Esta representação do “sonho” vai-se traduzir formalmente na busca da harmonia e equilíbrio entre os elementos. A pintura com base no desenho vai resultar em imagens quase ornamentais repletas de pormenores e detalhes fotográficos, onde o traçado fluido e gráfico busca realçar aspectos estéticos, independentemente da sua semelhança ou não com a realidade. Também na aplicação da cor se vão quebrar laços com as técnicas tradicionais surgindo agora cores luminosas, esmaltadas, que ajudam à sensibilidade estética de pinturas poéticas onde o romance e o erotismo, unidos a uma certa inocência, têm lugar de destaque.
O grupo pré-rafaelita vai ser composto maioritariamente por artistas saídos das academias reais que têm o objectivo comum de repor o conceito de arte pela arte, renegando a frivolidade da arte académica. Considerando-se a si próprios como um movimento de reforma, embora sem ser considerado uma vanguarda na totalidade por fazer uso do historicismo e da representação da natureza pela observação, os pré-rafaelistas lançam um periódico denominado The Germ para promover as suas ideias.
Reunem-se no seu currículo algumas exposições geradoras de controvérsia pelo novo conceito de composição e tratamento de temas religiosos, assim como sucessos posteriores, quando seguidores do grupo, produzindo cada vez mais ao gosto vitoriano da época, acabam por vender obras a preços bem elevados.
Além Ford Madox Brown, que preferiu trabalhar como independente, mas se manteve em contacto com o grupo, outros artistas vão ser influenciados pelo estilo linear dos pré-rafaelitas, como é o caso de William Morris. Este movimento será de extrema importância para a arte dos finais do século XIX e despontar do século XX, nomeadamente para a Arte Nova e o Simbolismo.
A partir de 1851 John Ruskin vai ser um defensor inicial e patrono da Irmandade Pré-Rafaelita e os seus escritos vão surtir grande influência nas idéias medievalistas do grupo.

Willian Blake 1757-1827


Com raras exceções, a personalidade complexa de William Blake tornou impossível a compreensão de sua obra pelos contemporâneos. Foram os pré-rafaelitas, no final do século XIX, os primeiros cultores de sua obra. Desde então Blake passou a ser visto como um profeta, primeiro pelos simbolistas e depois pelos surrealistas, que nele admiraram a estranha ligação entre erotismo e misticismo.
Poeta e artista plástico inglês, William Blake nasceu em Londres em 28 de novembro de 1757. Com dez anos começou a estudar desenho. Aprendeu depois, na Royal Academy of Arts, os estilos convencionais de gravura, de que tiraria grande partido. Seus primeiros versos foram publicados em Poetical Sketches (1783; Esboços poéticos).
Entre 1783 e 1803 Blake viveu exclusivamente de seus talentos artísticos. Nos anos seguintes foi subvencionado por vários mecenas, produziu ilustrações para uma biografia de Cowper e criou alguns de seus poemas mais originais. Retornando a Londres em 1803, associou-se a outro artista num negócio de produção de gravuras. Lesado pelo sócio, atravessou um período difícil, mas em 1809 reagiu ao desânimo, realizando uma exposição de suas pinturas e desenhos. A escassa ressonância da exposição decepcionou-o.
O período de 1810-1817 é de relativa obscuridade na vida de Blake, que viveu da venda de cópias de seus livros ilustrados. Em 1825, gravou as ilustrações do Book of Job (Livro de Jó), sua obra artística mais célebre. Chegou a produzir ainda cem aquarelas para a Divina comédia de Dante.
Não é possível dissociar a poesia de Blake de sua obra gráfica e plástica. Uma das singularidades pelas quais se distinguiu foi ter editado suas obras poéticas ilustradas por ele mesmo, pelo processo que denominou illuminated printing (gravura iluminada).
Como artista, Blake é considerado um maneirista, com um estilo de transição entre a dissolução das formas clássicas e o romantismo. Como poeta, é um dos maiores nomes do pré-romantismo inglês. Seus primeiros poemas de importância são os Songs of Innocence (1789; Cantos de inocência), cujos modelos básicos foram as baladas populares e as nursery rhymes (cantigas de ninar) anônimas. Em 1794, os Songs of Innocence foram editados juntamente com os Songs of Experience (1794; Cantos de experiência). Os dois livros, segundo Blake, exprimiriam "estados contrários da alma humana".
Entre as duas coletâneas de Cantos foram escritas obras em prosa e poemas narrativos. The Marriage of Heaven and Hell (1790; O casamento do céu e do inferno), sua mais importante obra em prosa, cujo título deriva dos escritos de Swedenborg, contém a "doutrina dos contrários" de Blake: o bem e o mal, a alma e o corpo. Segundo ele, "sem contrários não há progresso". A obra culmina com um "Song of Liberty" ("Canto de liberdade"), hino de fé nas revoluções, celebradas em The French Revolution (1791; A revolução francesa) e America, a Prophecy (1793; América, uma profecia), poemas narrativos que exaltam a libertação trazida pela revolução francesa e a americana. Outra revolução, a sexual, é defendida em Visions of the Daughters of Albion (1793; Visões das filhas de Albion). Blake acreditava que os prazeres sexuais eram santos e que através deles se atingia uma nova pureza, a da inocência.
Os principais livros posteriores de Blake, como The First Book of Urizen (1794; O primeiro livro de Urizen), foram escritos em imitação do estilo bíblico, formando uma espécie de bíblia negra, que ele denominou "Bible of Hell" (Bíblia do inferno). São revelações estranhas, ao modo de Swedenborg, sobre o tema cósmico da criação, onde o Criador é identificado com um "poder obscuro".
A fase final de Blake é a mais profundamente mística, com poemas épico-proféticos como The Four Zoas (1797; Os quatro Zoas), Milton (1808), The Everlasting Gospel (1818; O evangelho perene), e Jerusalém (1820), complicadas mitologias poéticas em que se anuncia a redenção da humanidade em uma "nova Jerusalém". Nessa fase, dado como louco, Blake ainda escreveu poemas líricos e herméticos como "Auguries of Innocence" ("Augúrios de inocência"), cujos versos iniciais, que de algum modo resumem a simbologia de seu pensamento, se tornaram célebres: "To see a World in a Grain of Sand / and a Heaven in a Wild Flower" ("Ver um mundo num grão de areia / e o céu numa flor silvestre"). William Blake morreu em Londres em 12 de agosto de 1827.
©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.

1.9.06

Lou Gold

Matutu

Fortaleza

Céu do Planalto

Lou Gold is a retired founding member of the Siskiyou Project in Oregon, a grassroots environmental group that triggered a worldwide effort to save the wildlands and biodiversity of the Klamath-Siskiyou region. After many years of speaking to enthusiastic audiences across the United States, he became nationally known as the pied piper of ecological idealism. His wilderness tales of bears, owls, fungi and wildfire revealed the secrets of old-growth forest ecology and his tough-minded analysis inspired a generation of citizens to act to end the damage being done to forests worldwide. His message of hope, empowerment and opportunity earned several special recognitions including the Lifetime Achievement Award from LAW (the world's largest environmental law conference) and the Conservation Achievement Award from the National Wildlife Federation.
Since 2002, Lou Gold has been living mostly in Brazil, where he serves on the Board of Directors of CEFLAG (the Santo Daime community in Brasilia) and of AOPA (a grassroots environmental group, also in Brasilia). He has produced thousands of photos of Santo Daime's communities and is continously adding more to his archives at:
http://imageevent.com/visionshare
http://www.flickr.com/photos/visionshare/sets/

24.8.06

Simbolismo

A partir de 1880, na França, verifica-se uma reação contra as concepções cientificistas da classe dominante, representadas na literatura pelo fatalismo naturalista e pelo rigor parnasiano.
Neste sentido, o Simbolismo surge não apenas como uma estética oposta à literatura (poesia, especificamente) objetiva, plástica e descritiva, mas como uma recusa a todos os valores ideológicos e existenciais da burguesia. Em vez da "belle époque" do capitalismo financeiro e industrial, do imperialismo que se adonava de boa parte do mundo, temos o marginalismo de Verlaine, o amoralismo de Rimbaud e a destruição da linguagem por Mallarmé.
O artista experimenta agora, à maneira dos românticos, um profundo mal-estar na cultura e na realidade. Mergulha então no irracional, fugindo ao mundo proposto pelo racionalismo burguês, e descobrindo neste mergulho um universo estranho de associações de idéias, lembranças sem um significado definido. Universo etéreo e brumoso, de sensações evanescentes que o poeta deve reproduzir através da palavra escrita, se é que existem palavras para exprimi-las. O Naturalismo e o Parnasianismo estão definitivamente mortos, conforme sentenciou um crítico literário da época:
Em uma época que, sob o pretexto naturalista, a arte foi reduzida somente a uma imitação do contorno exterior das coisas, os simbolistas voltam a ensinar aos jovens que as coisas também têm alma, alma da qual os olhos humanos não captam mais do que o invólucro, o véu, a máscara.
O Simbolismo define-se assim pelo anti-intelectualismo. Propõe a poesia pura, não racionalizada, que use imagens e não conceitos. É uma poesia difícil, hermética, misteriosa, que destrói a poética tradicional.

Odilon Redon


23.8.06

Gustave Moreau

Davi by Gustave Moreau
Paul Delaroche
Jean Leon Gerome



Jean-Leon Gerome (1824-1904). French painter and sculptor. He was a pupil of Paul Delaroche and inherited his highly finished academic style. Gerome travelled widely in Turkey, Egypt and North Africa. A sculptor as well as a painter, his female figures have the same classical precision of Ingres, but are in much more realistic poses. His best-known works are his oriental scenes. Two typical examples are in the Wallace Collection, London. They won Gerome great popularity and he had considerable influence as an upholder of academic tradition and enemy of progressive trends in art. He was not a big fan of Impressionist art.
John Willian Waterhouse

Anthony Frederick A. Sandys
Pierre Puvis

The Symbolist Movement

The Symbolist movement was first identified in literature; poets such as Baudelaire, Stéphane Mallarmé and others began writing mysterious and elegantly polished verse shortly after mid-century. The Symbolist Manifesto in literature was published in 1886 by Jean Moréas. Visual artists were less likely to publish such theoretical charters in the nineteenth century, and the emergence of Symbolist painting is therefore harder to chart. Nonetheless, the movement quickly became multi-disciplinary and international. Brussels became one of the leading centers of Symbolist art and literature. Although Les XX were not exclusively Symbolist, one of the founders of the society, Fernand Khnopff, was a leading Symbolist. He was the first artist to be written about as a symbolist, in an article written by Emile Verhaeren in 1886. Verhaeren stressed Khnopff's modernism in this article, defining Symbolist art as part of:
"A strong recoil of the modern imagination toward the past, an enormous scientific inquiry and unfamiliar passions towards a vague and still unidentified supernatural, has urged us to incarnate our dreams and even our fear before the new unknown in a strange symbolism which translates the contemporary soul as antique symbolism did for the soul of ancient times.
Only it is not our faith and our beliefs that we put forward; on the contrary, it is our doubts, our fears, our boredoms, our vices, our despair and probably our agony."(1)

Symbolism was an idealistic movement, created by artists discontented with their culture. The style was refined, elegant, subtle, intellectual, and elitist.
If there is one central tenet held by Symbolist artists, it is that life is fundamentally mysterious, and the artist must respect and preserve this mystery.(2) Thus they insisted on suggestion rather than explicitness, symbols or equivalents rather than description, in both painting and poetry. Choosing music as their model, Symbolists found the creation of a mood to be as important as the transmission of information, and sought to engage the entire mind and personality of the viewer by appealing to the viewer’s emotions and unconscious mind as well as intellect.(3) The recognition that there was a major portion of mental activity that is closed to the conscious mind confirmed the Symbolists’ conviction that there was more to life than could be explained through positivist science.

Realists and Naturalists had found value in exact physical description because they believed that a close study of visual appearances provided a direct approach to reality.(4) Symbolist artists and writers lost confidence in reality as perceived through the senses, and sought other avenues of knowledge. The dream was perhaps the most frequently cited alternative to conscious perception for nineteenth century philosophers and poets. In "Les Paradis Artificiels" Charles Baudelaire asserted that: "Common sense tells us that terrestrial things have but a faint existence and that reality itself is only found in dreams."(5) Awareness of this higher reality was not to be found through the usual senses or ordinary consciousness; alcohol, drugs and dreams were the gates to this transcendent realm. Fiction and reality became deliberately blurred, as both were but symbols of a higher, unseen reality. Idealists such as Stéphane Mallarmé delighted in the ambiguous relationship of dream and reality. Thus the faun in Mallarmé’s "L’après midi d’un faun" asks himself, "Did I love a dream?" and is unable to answer decisively. The pervasive doubt concerning objective reality that characterized the Symbolist milieu encouraged a focus on inner experience, which could be seen in a variety of forms. Artists sought to express their inner states through primitivism, mysticism, and the psychology of the unconscious.

Many earlier Romantic artists and writers, such as Thomas Carlyle and Edgar Allan Poe, had shared the conviction of the unreality of life; as Poe put it: "All that we see or seem / is but a dream within a dream."(6) Such an attitude made the naturalist’s insistence on truth to nature in a literal sense seem irrelevant. The Symbolists sought a truth to reality as they now conceived it, and demanded an art that was faithful to psychological realities. As the Norwegian painter Edvard Munch noted: "Nature is not only what is visible to the eye — it also shows the inner images of the soul — the images on the back side of the eyes." Belgian Symbolist artists revived the tradition of visionary art that was deeply rooted in earlier Flemish painting. Their visions now came from their own imagination, or from literature of the period.

Dreams afforded the Symbolists a perfect vehicle for presenting their own idealistic visions. Some, including Henry van de Velde and even Fernand Khnopff, were influenced by William Morris and the English Arts and Crafts movement, and envisioned a vague Socialist utopia. Others, such as Jean Delville, imagined a world founded on mystical Christianity. As long as there was no connection between the real world and the dream, however, the emphasis on dreams left the artists mired in a realm of fantasy and inaction, removed from any social change.

Many Symbolist artists and writers of the late nineteenth century sought an antidote to the excesses of materialism and positivism in mysticism or occult philosophy. Magic was to be the tool to make their dreams become reality; visual images were seen as magical talismans, and poems were compared to incantations. Occultism filled many needs, providing a sense of participation in a universal community as well as an elite circle of initiates, and a contact with eternal truths in an era of rapid change. Late nineteenth century mysticism was shaped by the ongoing scientific and philosophical revolutions of the period. Occultists combined the psychological discovery of the unconscious with the mystical theory of other planes of existence to create a new synthesis. The image of the artist as seer or priest was basic to nineteenth century art theory. Convinced that the unconscious was the source of both creativity and occult vision, certain artists now assumed the guise of medium and hypnotist.

22.8.06

Odilon Redon




Nas artes visuais, os simbolistas trabalhavam com imagens resgatadas do imaginário mítico - como o sol, a lua, a caverna, o eremita, a criança e a árvore - e exploravam as potencialidades expressivas do traço e da cor. Odilon Redon é considerado um dos principais expoentes nessa linha. Desconhecido do mercado de arte até os 45 anos, foi descoberto pelo poeta simbolista Stéphane Mallarmé, quando passou então a ser reconhecido pela crítica e pelo público. A poesia, as religiões e os mitos orientais e clássicos, assim como a ciência, tiveram importante papel no aprendizado e na formação do artista, que desenvolveu uma iconografia muito peculiar.
Ao mesmo tempo em que mantém a marca de sua poética fantástica, vinculada ao mundo interior e onírico dos homens, a obra de Redon apresenta duas fases, separadas por uma forte mudança técnica e temática. Na primeira fase, ele usou o monocromatismo em suas gravuras e desenhos, realizados principalmente a carvão. O conjunto desses trabalhos ficou conhecido como os Negros, na medida em que eram construídos com a gama de cor dos negros mais escuros aos brancos mais luminosos. A temática desse período é a do sonho próximo ao pesadelo, em que há um mundo místico, fantástico, de horror e dor, com a presença do drama da morte (tema presente em outros artistas de nosso jogo, ver Ciclo da vida). Um exemplo dessa fase é Aranha, de 1881, e Le Juré: o sonho termina com a morte, de 1887. Na década de 1890, adotou as técnicas do pastel e da pintura à óleo, introduzindo a cor em sua obra. Nesta segunda fase, ele trabalhou com temas mais suaves, e suas criações continuaram a tratar de visões imaginárias, mas com estímulos menos dramáticos. O colorido de Redon é luminoso e muito peculiar, como podemos observar em Cíclope, de 1900, Bouddha, de 1910, e O Silêncio, de 1911.

20.8.06

SEMINÁRIO JUSTIÇA E COMUNIDADE

Vila Céu do Mapiá dá exemplo de organização

No dia 10 de agosto de 2006, no Plenário nº 1 das Comissões Permanente da Câmara dos Deputados, sob a presidência do deputado Federal Luiz Eduardo Greenhalgh- Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, realizou-se o seminário.

Com auditório lotado por juízes, promotores públicos, desembargadores, professores e estudantes universitários, oficiais da polícia militar e delegados da políca federal, representado diversos estados da União, em uma jornada de aproximadamente 10 horas de trabalho, debateu-se o tema Justiça Comunitária, sendo que a Vila Céu do Mapiá foi o único estudo de caso apresentado por membros de uma comunidade.

Com a assistência técnica da Secretaria de Projetos e tendo como presidente da mesa Fernando de La Rocque Couto ( Céu do Planalto), através de exposições que empolgaram o distinto público presente, a Vila Céu do Mapiá foi muito bem representada por Regina Pereira ( D. Regina), Rodrigo Terra Costa Faillace e Airton Oliveira da Silva .

O evento foi filmado e exibido "ao vivo", para todo o país ,pela TV Câmara e será objeto de um livro, à ser publicado pela Câmara Federal ,por sugestão do supra mencionado Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias.

O evento, cuja programação foi previamente divulgada através do Boletim Eletrônico do IDA-CEFLURIS, site IDA-CEFLURIS e do site Santo Daime, faz parte do Projeto Justiça Comunitária, que além do debate na Câmara Federal envolveu a capacitação dos 03 representantes da Vila Céu do Mapiá, durante uma semana de visitas de instrução a diferentes instituições públicas ligadas ao tema.

O detalhamento da capacitação e os desdobramentos desta importante iniciativa da Igreja Céu do Planalto serão divulgados em futuro próximo.

18.8.06

A parábola do filho pródigo e a saída de Adão do paraíso

Rembrandt

Ary Scheffer


Um homem tinha dois filhos.
O mais jovem disse ao pai: ‘Pai, dá-me a parte da herança que me cabe’. E o pai dividiu os bens entre eles. Poucos dias depois, ajuntando todos os seus haveres, o filho mais jovem partiu para uma região longínqua e ali dissipou sua herança numa vida devassa. E gastou tudo. Sobreveio àquela região uma grande fome e ele começou a passar privações.
Foi, então, empregar-se com um dos homens daquela região, que o mandou para seus campos cuidar dos porcos. Ele queria matar a fome com as bolotas que os porcos comiam, mas ninguém lhas dava.
E caindo em si, disse: ‘Quantos empregados de meu pai têm pão com fartura, e eu aqui, morrendo de fome! Vou-me embora, procurar o meu pai e dizer-lhe: Pai, pequei contra o Céu e contra ti; já não sou digno de ser chamado teu filho. Trata-me como um dos teus empregados’.
Partiu, então, e foi ao encontro de seu pai. Ele estava ainda ao longe, quando seu pai viu-o, encheu-se de compaixão, correu e lançou-se-lhe ao pescoço, cobrindo-o de beijos. O filho, então, disse-lhe: ‘Pai, pequei contra o Céu e contra ti; já não sou digno de ser chamado teu filho’.
Mas o pai disse aos seus servos: ‘Ide depressa, trazei a melhor túnica e revesti-o com ela, ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés. Trazei o novilho cevado e matai-o; comamos e festejemos, pois este meu filho estava morto e tornou a viver; estava perdido e foi reencontrado!’ E começaram a festejar.
Seu filho mais velho estava no campo. Quando voltava, já perto de casa ouviu músicas e danças. Chamando um servo, perguntou-lhe o que estava acontecendo. Este lhe disse: ‘É teu irmão que voltou e teu pai matou o novilho cevado, porque o recuperou com saúde’. Então ele ficou com muita raiva e não queria entrar. Seu pai saiu para suplicar-lhe.
Ele, porém, respondeu a seu pai: ‘Há tantos anos que te sirvo, e jamais transgredi um só dos teus mandamentos, e nunca me deste um cabrito para festejar com meus amigos. Contudo, veio esse teu filho que devorou teus bens com prostitutas, e para ele matas o novilho cevado!’
Mas o pai lhe disse: ‘Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu. Mas era preciso que festejássemos e nos alegrássemos, pois esse teu irmão estava morto e tornou a viver; ele estava perdido e foi reencontrado!’»
Lucas 15, 11-32

A parábola
Esta é uma das mais importantes e abrangentes parábola do Novo Testamento. Apresenta-se uma versão da expulsão de Adão do Paraíso, vista pelos olhos de um evangelista — Lucas . Uma adaptação da passagem de Adão à nova aliança de Jesus com um Deus Pai, Bom e Compreensivo, que compreende o caminho evolutivo tomado por seu Filho, e que o espera e recebe-o de volta de braços abertos! Este é bem um ensinamento de Jesus! Só poderia ter sido transcrito por Lucas, por isso que esta parábola é exclusiva deste Evangelho, não havendo referencia a ela em nenhum dos outros. Tal fato vem corroborar a atual interpretação, que passaremos agora a analisar passo a passo.
Trata-se da representação do processo evolutivo pelo qual nós estamos passando neste eon. Mostra a passagem do Ser de um reino a outro reino, de um reino do tipo sub-hominal para o reino hominal. Esta passagem é caracterizada pelo processo evolutivo, no qual o Ser passa de um estado de harmonia com o Todo, no qual não tem consciência disto, para um estado no qual estará em harmonia com este mesmo Todo, porém conscientemente.
A casa do Pai
A parábola começa mostrando que na Casa do Pai, a mônada espiritual vivia em harmonia, sem necessidade de prover sua subsistência da mesma forma que Adão no Paraíso! Aqui a mônada é o filho de um Pai que lhe é semelhante. Somos emanações da Divindade. O Filho na casa do Pai é semelhante a esse pai e guarda em si as potencialidades Dele. A tendência evolutiva normal do filho é crescer e se identificar com este Pai.
O despertar
Um dia, em um dos filhos (não em todos), desperta o desejo do conhecimento; de tornar-se consciente de sua situação, de suas necessidades, de sua evolução, de conhecer da árvore do Bem e do Mal! Este pede ao Pai a sua Vida, para que, usando-a, adquira essa consciência.
Pedindo a Vida
As traduções da Vulgata interpretam este pedido como "herança", dando uma conotação material no pedido do filho. No texto original grego, do evangelho de Lucas, o que o filho pede ao pai é ousia (do verbo ienai que significa "ser"), parte do ser. Logo adiante, quando o pai divide os bens, a palavra é taxativa: bios o que o filho pede verdadeiramente ao pai é a Vida! Ou, numa interpretação mais atual, o Self.
Consessão
O Pai concede sua parte da Vida, para que faça dela o que em sua consciência lhe aprouver. Para que a use para o bem e para o mal, para a harmonia e para a desarmonia, para que pelo seu sofrimento, malbaratando sua vida, chegue um dia à conclusão de que a vontade da Casa do Pai é realmente a sua vontade. Para que possa um dia dizer "Eu e o Pai somo um"!
Identificação
Assim o Filho parte da casa do pai para vivenciar este eon da sua evolução, que é essencialmente o período evolutivo pelo qual todos nós estamos passando. Neste eon a Humanidade caminha para conscientemente participar da Harmonia da Casa do Pai. Saindo de casa do Pai de posse da Vida (ou Self), penetra no mundo da satisfação dos sentidos. Afastando-se cada vez mais do Todo e identificando-se cada vez mais com seu ego, com a sua persona. Assim gasta toda a sua vida, vindo a passar privações — porque sobreveio uma grande fome. Situação inevitável neste caminho descendente.
A descida
Estando já de posse da Persona, senhor da sua identidade e no máximo do seu egoísmo, ao invés de retornar à casa do Pai, busca encontrar o caminho por seus próprios meios, tornando-se empregado dos homens da região do mundo, os quais, por sua vez, o designam para cuidar de porcos imundos.
Tomada de consciência
Nesta situação de máxima degradação, busca "encher seu estômago" (esta é a expressão da parábola) com as vagens que eram dadas aos porcos. Essa associação com estes homens nem mesmo enchia sua barriga. Não busca aplacar a fome, mas encher o estômago, como alguém que ainda está identificando a si mesmo como o seu ser material. Esta é a degradação final do Ser que desceu ao fundo do poço de identificação com a matéria. Associa-se a Lúcifer (porta luz), que é o homem dessa região. Este pode ser identificado com nossa fase de materialismo, de excessiva auto-confiança, de crença cega na ciência e na tecnologia. Que tem tentado encher a barriga do homem sem jamais aplacar a sua fome.
Neste momento, "voltou-se para dentro de si" (a citação é literalmente esta) e disse: "quantos empregados de meu Pai têm pão com fartura, e eu aqui passando fome! Vou embora procurar meu pai e dizer-lhe: Pai, pequei contra o céu e contra ti; já não sou digno de ser chamado teu filho. Trata-me como um dos teu empregados". Este é o grande momento da parábola, onde o Filho Pródigo compreende que o caminho para a sua felicidade está dentro de si. Que é por dentro de si que vai poder retornar à paz e à harmonia da Casa do Pai.
O verdadeiro despertar
É o despertar, após um atroz sofrimento. Este verdadeiro despertar vem aqui acompanhado de um sentimento puro, de dentro do coração, que pede perdão, que sabe que pecou contra o céu e contra o pai, e que humildemente não se julga mais digno de ser o filho, mas um empregado. Não tem nada mais a ver com qualquer busca de satisfação ou de realizações mundanas.
O retorno
"Partiu ao encontro do Pai!" "Ainda estava longe, quando o Pai o viu, encheu-se de compaixão, correu e lançou-se-lhe ao pescoço, cobrindo-o de beijos". O pai o identifica à volta desde o momento inicial, mas o Filho Pródigo não está visível desde o inicio da jornada de volta. O Pai o vê ainda que muito longe! Enche-se de compaixão, lança-se-lhe ao pescoço, transmitindo-lhe o poder do verbo pela ativação do plexo laríngeo, para que possa, a partir daí, ter o poder de construir pela palavra. Aqui há uma analogia com o momento da entrada da era de Aquário, onde tem início o poder da palavra falada. Cobrindo-o de beijos, devolve-lhe a Vida que lhe faltava, por compaixão!
A recepção
O pai diz aos servos: ide depressa, trazei a melhor túnica e vesti-o com ela; ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés. O pai então manda que a natureza (seus servos) o vistam com a melhor túnica, para que tenha a melhor vestimenta que este mundo lhe pode dar. Que lhe coloquem no dedo um anel, uma aliança que sele o matrimônio (que se formou na aventura) do Ego com o Eu maior. Sandálias, para que seja elevado além das coisas deste mundo de onde veio. Que matem um novilho — encerrem a era de Touro, Era do Deus terrível! Festejemos todos esta evolução!
O filho mais velho
O filho mais velho só identifica a festa de muito perto, mostrando como são pequenos seus recursos. Chamando um servo, este lhe conta o retorno do irmão e a festa do pai. É um servo do pai, a própria natureza, que honestamente lhe expõe no que ficou. "Não queria entrar e o pai saiu para suplicar-lhe". Mostrando que nunca fez distinção entre os filhos.
— "Há tantos anos que te sirvo e jamais transgredi um só dos teus mandamentos, e nunca me deste um carneiro para festejar com meus amigos. Veio teu filho, que devorou teus bens com prostitutas e para ele matas o novilho cevado!"
O interessante deste diálogo é que o Filho mais velho não mais se identifica como irmão do Pródigo, e se refere a ele como "teu filho".
Exortação
O pai termina a exortação ao filho dizendo: "Teu irmão estava perdido e foi achado, estava morto e viveu!". De novo o pai afirma "teu irmão", não negando a oportunidade de desenvolvimento àquele que ficou. Estava morto e viveu — descobriu a vida eterna (Imanente), à qual tantas e tantas vezes Jesus se refere em seus sermões.
Interpretação de José Carlos Fragomeni