27.8.07

Micro e Macrocosmos - Vida e Morte

Alex Grey

25.920 dias é o tempo que o sol leva para passar pelas 12 constelações zodiacais, ou seja, um ano platônico.
25.920 vezes por dia é o número médio de respirações de um ser humano.
25.920 dias são 72 anos, o tempo médio de vida de um ser humano.
O mesmo tempo de precessão do sol é igual a média de vida de um ser humano, portanto a ligação do homem, especialmente de seu sistema rítmico com o cosmos é existencial.
A vida não é possível sem a morte, em toda a natureza é assim, a planta dá o fruto, e esse gera uma nova semente. Quando o fruto apodrece na terra, advem uma nova planta.
A revolução genética que a ciência atual propõe com a clonagem de órgãos humanos e através das sementes híbridas que não perpetuam o ciclo natural, nos fazem pensar que
estamos "em mãos perigosas". O poder do capital sem fraternidade, alimentado pelo egoísmo, a cada dia exclui milhões de famintos, que sonham com uma Tv em casa. A verdade é o que não passa na telinha da tv, acaba que vira uma coisa que não existe para a opinião pública. Isso é apenas o começo de um processo sem precedentes de controle de massa. O homem passivo a informação que chega a ele, vai sendo moldado.
O sol, o ciclo lunar e as estações vão passando desapercebidas. Este homem criado virtualmente e materializado se torna a contra-imagem do que seria o Eu espiritual do verdadeiro homem.

24.8.07

Mestre Irineu by Baptista

Mestre Irineu by Clancy Cavnar

Mestre Irineu by Guta

Padrinho Sebastião by Clancy Cavnar

A Ciência-Arte de Ansel Adams


Ansel Adams, americano, nascido no ano de 1902, foi um fotógrafo eminentemente técnico. Suas fotografias são todas produzidas com esmero, dotado de um cuidado extremo com os detalhes mais ínfimos, nenhum elemento parece poder escapar do controle. Esse controle começa no conhecimento detalhado das possibilidades de uso da câmera, e quanto menos automática ela for, quanto mais controles manuais ela possuir melhor para o fotógrafo, pois assim será capaz de realizar o controle criativo imagem. Daí a preferência de Ansel Adams por máquinas de grande formato, suas fotos em 35 mm são poucas e não tão famosas. As câmeras de grande formato permitem um controle extremamente amplo das possibilidades de produção da fotografia, e parecem se adaptar muito bem ao estilo de fotografia que Adams tem, que é a preferência por fotografias de paisagens.Um equipamento desta ordem dificilmente permitiria, por exemplo, uma produção fotográfica parecida com a de Henri Cartier-Bresson ou Robert Capa, isso porque as máquinas de grande formato exigem tripés e um posicionamento cuidadoso da máquina. Adams toca nessa questão quando no seu livro A Câmera faz comentários sobre o equipamento ideal: "prefiro mostrar a natureza de diferentes modelos de câmeras e seus recursos, esperando que o fotógrafo possa levar essas discussões em consideração no contexto de suas intenções e de seu próprio estilo". Mas devemos lembrar que a câmera é apenas uma parte do processo fotográfico que Adams dividiu e detalhou com rigor na sua série de três livros: A Câmera, O Negativo, A Cópia. Nesta série de livros, Adams mostrou o seu rigor técnico na produção fotográfica. Processo esse que começa com a escolha da máquina correta, com seus ajustes precisos em função daquilo que o fotográfico visualizou, aprender a operar o equipamento de forma que ele reproduza no negativo aquilo que o fotógrafo apreendeu na visualização, não necessariamente uma representação fiel da realidade. É na reprodução da visualização que o fotógrafo tem que possuir o conhecimento técnico capaz de dotá-lo de certa magia: produzir imagens espetaculares a partir do seu olhar, do seu espírito. A técnica assim, entra como um instrumento que flexibiliza o olhar permite que o artista veja mais além, produza as imagens que sua mente visualiza a partir de uma cena. Todo esse processo passa por um controle preciso das variáveis, às vezes Adams parece ser muito mais um cientista falando do que um artista, quando discute os tempos de exposição, o uso dos químicos, a sensibilidade do fotógrafo em produzir os contrastes e tons ideais na cópia. Os meios técnicos assim, não são parte essencial da fotografia, ela não é somente técnica, esta deve estar a serviço da sensibilidade e criatividade do fotógrafo. Para Adams não existe processo fixo ou ideal de fotografia, todos os elementos são variáveis e controláveis. Assim, nem as especificações técnicas do fabricante devem ser consideradas como condições ótimas, são no fundo possibilidades médias. Adams nos diz inclusive que devemos fugir de qualquer tipo de automação e esse conceito é extremamente amplo: automação para ele enquadra não só mecanismos automáticos, mas também a aceitação passiva das regras, das normas dos fabricantes, das bulas dos papéis e dos filmes. Esse dados são dados médios, e se as nossas exigências estiverem acima da média temos que ultrapassar os limites, fazermos experimentações e verificarmos quais os procedimentos irão se adequar às nossas exigências criativas e estéticas. No fundo podemos considerar que o estilo não deve ser um dependente da técnica, o estilo é que deve moldar os procedimentos e adequá-los à criatividade do fotógrafo. Os processos de produção da imagem fotográfica são extremamente amplos, não há verdades absolutas nem paradigmas, tudo depende do olhar, da visualização e da nossa capacidade de manipular os procedimentos em prol das nossas exigências.
Fonte:Wikipedia





22.8.07

Arte Fantástica

Hieronymus Bosch


Hieronymus Bosch, (1450 — 1516) foi um pintor e gravador holandês dos séculos XV e XVI. Foi considerado o primeiro pintor no estilo Fantástico, que no séc. XX influenciaria o Surrealismo de Dali e Brueghel. Figuras simbólicas complexas, imagens caricatas e obscuras faziam parte do universo do artista que teve uma iniciação no ocultismo e alquimia e retratou o apocalipse. Também as obras de Bosch abordam temas mais tradicionais como vidas de santos e cenas do nascimento, paixão e morte de Cristo.

Arte Visionária

Manue

Beth Snow

Marcus Kamps

20.8.07

Arte Shipibo

Fotos: Elinet


Os Shipibos compreendem um povo com aproximadamente 40 mil pessoas e suas terras se estendem a partir de Cusco no Peru à Amazônia brasileira. Eles utilizam a Ayahuasca para entrar em contato com os espíritos, e de forma curiosa multilavam o órgão sexual feminino, retirando o clítoris. Sua arte e tecelagem constituem-se em padronagens de extrema beleza.
Foto: Lou Gold

Foto: Luis Eduardo Pomar

Foto: Lou Gold

16.8.07

Documentário "O Vinho das Almas" - Michael Ende

Fotos:Michael Ende



O fotógrafo e cineasta alemão radicado no Brasil, Michael Ende, vêm realizando um importante trabalho documental das religiões brasileiras há mais de 20 anos. Desde 2002 seu maior interesse vêm sendo o Santo Daime. Depois de retratar algumas comunidades daimistas, encarou seu maior projeto que é um documentário longa-metragem titulado "O Vinho das Almas". O enfoque se deteve na relação psicológica e emocional de seis "personagens" estrangeiros que transmitem suas experiências através de sinceros e às vezes engraçados depoimentos em uma peregrinação que fazem à Comunidade Céu do Juruá, no Amazonas. Por ser estrangeiro também e entender bem a cultura européia, Michael apresenta de forma mais descontraída as dificuldades que esses seis "personagens" atravessam ao se depararem com uma realidade tão diferente. O vídeo é um documento que retrata com realidade e sem maquiagem, as expectativas, os sofrimentos e as alegrias de estar no meio da floresta consagrando o Santo Daime. O filme está para ser lançado no festival de documentários do Rio de Janeiro, de Leipzig e de Amsterdã. O Vinho das Almas, documentário de 116 minutos. Direção, imagens e roteiro: Michael Ende, edição: Luis Eduardo Pomar - 2007

14.8.07

Roger Dean e "As Ilhas Flutuantes"




A banda Yes e o artista plástico, designer e arquiteto Roger Dean tem travado um relacionamento que dura mais de 33 anos, criando em conjunto importantes ícones de integração entre música e arte. As "ilhas flutuantes" e imagens de sonhos de Dean casam perfeitamente com o som da banda que fez a cabeça nos anos 70. Hoje, o artista coordena uma equipe na produção de um filme chamado Floating Island que está sendo feito todo em animação 3D. Além disso, tem desenvolvido na área de arquitetura um projeto de uma vila sustentável para o século XXI. Suas pesquisas mostram formas orgânicas, arredondadas, que parecem ampliar os espaços interiores além de se misturarem melhor com o ambiente externo. Ele acredita que a psique do homem responde melhor quando vive em casas desse tipo, pois se sente mais seguro e aconchegado, como se estivesse em um útero materno.

Reserva Matutu - English version


Translation by Lou Gold, edited by Luis Eduardo Pomar and directed by Aton Wilches - Matutu Filmes, 2006.

11.8.07

Saga narrada em cordel de Alfredo poeta


Dois novos livros, escritos por Alfredo Gregório de Melo, foram lançados durante o XIV Encontro do Povo de Juramidam, de 1° a 7 de julho na Vila Céu do Mapiá. Padrinho Sebastião – Biografia Versejada e Viagens ao Juruá (Journeys to the Juruá) A venda será destinada à construção da nova Igreja no Mapiá.

Viagens ao Juruá (Journeys to the Juruá)
Em versão bilíngüe português/inglês, Padrinho Alfredo narra as duas primeiras viagens que realizou para reencontrar seus familiares na região amazônica do Juruá. Um cordel carregado de emoção e lembranças de uma terra que o autor deixou para trás quando tinha sete anos.
Nesta obra o autor mostra que além de líder comunitário e espiritual é um grande poeta e amante da natureza. Seus versos reforçam o pensamento expresso em seu hinário, onde afirma: “Considero este reinado o jardim da Virgem Maria”. Uma mensagem que carrega a esperança de ver preservado o jardim onde nasceu e que soube observar muito bem. É justamente a virtude de grande observador que o classifica como um estudioso da vida, consciente de que é apenas mais um ser da natureza que precisa respeitar tudo que está a sua volta.
Suas ilustrações detalhadas reforçam este dom da observação pura. Ao final um glossário espetacular, repleto de ilustrações coloridas, com suas explicações sobre a fauna e flora da floresta. Com simplicidade e perfeição é capaz de falar da natureza ao seu redor - de um pequeno inseto até a anta – descrevendo hábitos e características com precisão científica.
Demonstra que conhece a floresta e o que ela pode oferecer ao caboclo, falando do que é relevante para se viver em harmonia com a natureza. Suas observações convidam a conviver com os animais sem explorá-los, a não queimar madeira boa para construir casas e nem erguer uma casa com lenha para fogo. A edição tem projeto gráfico e design assinados por um veterano colaborador do IDA/CEFLURIS: Gustavo Nunes Pereira (Guta). Traz também fotos de Tete Paes Leme e Liesbeth Vandorsten, além dos desenhos do próprio Alfredo. Não dá para perder a oportunidade de prestigiar estas duas boas obras, resultado do “estudo fino” de nosso companheiro Padrinho Alfredo.

Padrinho Sebastião – Biografia Versejada
Editado pela Ecovila Rainha da Floresta, de Caxias do Sul, com capa colorida e ilustrações em preto e branco feitas por Vera Medeiros, Padrinho Sebastião – Biografia Versejada é um belo cordel narrando a saga do seringueiro amazonense Sebastião Mota de Melo. Nas palavras de seu filho Alfredo, um “homem verdadeiro, sincero e honesto consigo mesmo e com seu semelhante, considerado um grande guia, Mestre e condutor para a vida eterna”.
O livro apresenta linguagem e ilustrações simples, que combinam com o clima de infância que o autor consegue passar ao lembrar os momentos da história de seu pai, começando pelo seu nascimento em 7 de outubro de 1920. No início há uma linha cronológica, mas após o encontro com Mestre Irineu são reforçados os elementos da saga espiritual, relacionada com a vida de Jesus Cristo e São João Batista. Aparecem referências a alguns hinos da Doutrina do Santo Daime, através da utilização de versos bem conhecidos, que ilustram o compromisso de Sebastião com sua missão na Terra. É uma ótima opção para ser lido por ou para as crianças, como recurso de educação espiritual. Lembrando que os recursos arrecadados vão reverter para outra grande obra que é a nova Igreja da Floresta.
Maiores informações:informativo@idacefluris.org.br

7.8.07

Matutu , Cabeceiras Sagradas

Fotos: Aton Wilches e Luis Eduardo Pomar




Toda a beleza do Vale do Matutu e suas cachoeiras que derramam da Serra do Papagaio é mostrada nesse vídeo. Matutu em tupi-guarani significa "Cabeceiras Sagradas". A diversidade de sua fauna e flora existente nos leva a crer que ainda existem lugares aonde o homem consiga conviver em verdadeira harmonia e integração com a natureza. Através de atividades educacionais sobre o meio ambiente, a Reserva Matutu, sua comunidade e a Brigada Anti-Incêndio Florestal da Fundação Matutu nos dão uma bela mostra do que é possível fazer em termos de preservação e conservação do meio ambiente. Direção e imagens: Aton Wilches - Edição: Luis Eduardo Pomar - 2007




Para mim, como fotógrafo e amante da natureza, fazer os diversos roteiro de caminhadas e cavalgadas que o Vale do Matutu e a Serra do Papagaio oferecem é um prazer muito grande. Com altitudes que variam entre 1400 à 2350 m, campos de altitudes, matas virgens e muitas cachoeiras, podemos fazer um retorno no tempo em que o homem ainda vivia em comunhão com a Mãe Terra.
Maiores informações: Portal Matutu
Fotos: Luis Eduardo Pomar e Aton Wilches