28.6.08

Akiane, pintora e poeta.


Akiane, filha de pais ateus, tem 12 anos, e desenha, pinta e escreve desde os 4. O retrato abaixo foi pintado quando ela tinha apenas 8 anos.

Por que você pintou o retrato de Jesus?

Akiane: -Foi sincronicidade divina. Eu estava procurando um modelo de Jesus por dois anos, e eu não encontrava o resto certo. Então um dia eu pedi que minha família rezasse comigo o dia inteiro. Nós pedimos a Deus que enviasse o modelo certo pela porta de entrada da nossa casa. No dia seguinte um carpinteiro alto entrou. Era tão humilde, e fiquei surpresa que tenha concordado em posar para mim. Na semana seguinte porém, ele ligou dizendo que se sentia indigno de representar o Mestre.
Nós todos rezamos juntos juntos outra vez, e alguns dias mais tarde nos retornou para dizer-nos que que Deus queria que posasse, mas teve que cortar seu cabelo e barba em três dias. Assim nós fizemos algumas fotos e eu estudei seu rosto por muito tempo. Após dúzias dos esboços, eu comecei pintar. Levei 40 horas para terminar a primeira pintura de Jesus – O Principe da Paz- e eu recordo ainda que eu perdi quatro dentes durante esse periodo.

Veja toda a arte de Akiane em:
http://www.artakiane.com
Extraído do blog Observatório Cósmico
Helena Nelson Reed
Sandrine Gestin
Marianne Stokes
Edward Burne-Jones
Fernand Khnopff

Joma Sipe

Joma Sipe is the artistic name of João Manuel Pereira, born at 2 of August of 1974 in the city of Porto.Joma Sipe is interested in painting since very early, never having carried through any exposition until now, understanding to have fond the time to show some of his works and share them with others. The painting of Joma Sipe is based and is inspired in the Symbolist Movement of ends of the XXI Century, that had as main exponents Gustave Moreau, Fernand Khnopff, Arnold Backlin, Edward Burne-Jones, Walter Crane, Dante Gabriel Rossetti, among others,including Johfra. Joma Sipe is interested in the pure esoterism and all the art related with this movement, being all his art also influenced for the mystic aspects included in legends, myths and spirituality.




13.6.08

O CIPÓ DA ALMA AMAZÔNICA

Foto: Luis Eduardo Pomar

Moisés Diniz (Deputado
estadual/PC do B - Acre)

Ayahuasca é um termo de origem quéchua, que significa "vinho das
almas" ou "cipó dos mortos", designa o chá feito pelo cozimento de
duas plantas originárias da floresta amazônica: o cipó jagube ou
mariri (Banisteriopsis Caapi) e as folhas da rainha ou chacrona
(Psychotria Viridis). Aya quer dizer "pessoa morta, alma, espírito"
e waska significa "corda, cipó ou vinho". Assim a tradução, para o
português, seria algo como "corda dos mortos" ou "vinho dos mortos".
A ayahuasca serviu como base para o estabelecimento de diferentes
tradições espirituais por comunidades indígenas nos países amazônicos
desde tempos imemoriais. Os povos indígenas utilizaram a ayahuasca
como um elo imaterial com o divino que estava entre as árvores, os
lagos silenciosos, os igarapés. É que, para eles, a natureza possuía
alma e vontade própria. Povos indígenas do Brasil, Peru, Bolívia,
Colômbia e Equador, há quatro mil anos, utilizam a ayahuasca em
seus rituais sagrados, como o padre usa o vinho sacramental na Eucaristia
e os indígenas bebem o peyote nas cerimônias sincréticas da Igreja
Nativa Americana. O uso ritualístico da ayahuasca é bem mais antigo
que o consumo do saquê ou Ki, bebida sagrada do Xintoísmo, usada
a partir de 300 a.C, feito do arroz e fermentado pela saliva feminina,
sendo cuspida pelas jovens virgens em tachos. A mesma prática é realizada
pelas índias da Amazônia, quando produzem a caiçuma da mandioca,
bebida ritualística indígena fundamental na dança do mariri e no 'contato'
com os deuses da floresta assombrosa. As origens do uso da ayahuasca
nos países amazônicos remontam à Pré-história. Há evidências arqueológicas
através de potes e desenhos que nos levam a afirmar que o uso da ayahuasca
ocorra desde 2.000a.C. Somente os 'intelectuais de água salgada', que lêem
um tomo filosófico à tarde, bebem 'whisky' à noite e pegam sol pela manhã,
para levantar argumentações contra o uso espiritual da ayahuasca.
Não conhecem a força e a beleza da espiritualidade amazônica e indígena.
A utilização da ayahuasca pelo homem branco é uma acolhida da
espiritualidade das florestas tropicais, um banho de rio milenar e
sentimental do tempo em que os povos amazônicos viviam em
fraternidade econômica e religiosa. Os ataques ao uso ritualístico- religioso
da ayahuasca, como bebida sacramental, nos autoriza a afirmar que podem
estar nascendo interesses menos inocentes e mais poderosos do que uma simples
preocupação acadêmica com a utilização de substâncias psicoativas.
Nunca é bom esquecer que a ayahuasca é uma substância natural
exclusiva das florestas tropicais dos países amazônicos e pode
alimentar interesses econômicos relacionados a patentes e elevar a
cobiça sobre a nossa inestimável biodiversidade. A ayahuasca é uma
combinação química simples e ao mesmo tempo complexa, que envolve
um cipó e um arbusto endêmicos do imenso continente amazônico.
Simples porque a sua primitiva química material da floresta é realizada
por homens comuns, do pajé ao ayahuasqueiro dos templos amazônicos.
Complexa porque envolve a elevação de indicadores psico-sociais de
qualidade de vida e ajuda a atingir estados ampliados de consciência
dos usuários. Isso por si só já alça a ayahuasca a um patamar superior
no plano do controle científico dessas duas ervas milenares.
Assim, a ayahuasca ganha contornos políticos por envolver recursos
florísticos de inestimável valor psico-social e espiritual. Os seus
usuários consideram o "vinho das almas" como um instrumento
físico-espiritual que favorece a limpeza interior, a introspecção, o
autoconhecimento e a meditação. Utilizar ayahuasca aqui na Amazônia
é beber do próprio poço de nossa ancestralidade e da magia que representa
a nossa milenar resistência. Aqui na floresta, protegidos pelos entes fortes
de nossa religião animista e natural, nossos ancestrais não precisaram
"miscigenar" sua fé. Não foi necessário fazer como os negros escravos que
deram nomes de santos católicos aos seus deuses africanos. Nossos ancestrais
indígenas não precisaram batizar Iemanjá de Nossa Senhora ou Oxossi
de São Sebastião para se protegerem da fé unilateral do dono da terra.
É que entre nós a terra era de todos e o único dono era o senhor da
chuva, do orvalho e do sol. A beleza coletiva dos recursos naturais
era compartilhada por toda a aldeia, do curumim ao sábio ancião.
A ayahuasca era a essência espiritual dessa convivência material
fraterna e universal entre as árvores carinhosas, os riachos irmãos,
os pássaros cantores, os peixes, as larvas, os insetos, as flores. A
Ayahuasca ancestral era o elo entre a terra e o espírito.
Se não fosse uma erva espiritual e mágica, trazida pelas mãos
milenares dos povos indígenas amazônicos, ela não teria resistido ao
tempo. Por isso é natural que a ayahuasca atraia cada vez mais o
homem branco, esmagado pelo destrutivo modo de vida urbano, elitista,
ocidental, capitalista. A ayahuasca não é um chá que se consome como se
bebe um líquido ácido qualquer. O seu uso é espiritual e envolve aqueles
que o utilizam na mais límpida tradição de amar o próximo e reencontrar
os valores que perdemos na caminhada do planeta que se dividiu
em castas, cores, fronteiras e etnias. Não entrarei no debate acadêmico
sobre o uso de substâncias psicoativas por parte das religiões milenares,
das eras pré-colombianas aos templos dos tempos atuais. Não tenho
competência para debater os pontos de vista da medicina,
da psicologia ou da etnofarmacologia. Ficarei apenas com os resultados
do uso milenar da ayahuasca pelos povos indígenas. A milenar história
amazônica não registra casos de morte ou de seqüelas à saúde dos povos
indígena por terem utilizado a ayahuasca. Nenhum índio deu entrada
no hospital dos brancos ou foi curado pelos pajés. Aliás, as mulheres indígenas,
'apesar' de beberem a ayahuasca, não registram nenhum caso de câncer
de mama. A ayahuasca não é "taliban", seus usuários não se constituem em
nenhuma seita, eles não são fanáticos, não há um único caso de morte
ou de castigo físico que tenha sido resultado do seu consumo ritualístico.
O uso ritualístico da ayahuasca não provoca transes místicos ou de
possessão. Ela não age no organismo como a antiga bebida hindu,
denominada soma, que se divinizou por afastar o sofrimento,
embriagando e elevando as forças vitais. Depois de 4.000 anos de uso sagrado
e ritualístico da ayahuasca os estudiosos da civilização ocidental erguem
argumentos anêmicos e endêmicos de uma sociedade que tem medo do
contato' aberto do homem com a natureza. É que eles têm medo da relação
amorosa entre o indivíduo e a natureza com os seus elementos poderosos
e coletivos. Os sábios e avançados incas utilizaram a ayahuasca para consolidar-se
como povo, como nação e para ajudar no florescimento da cultura, da matemática,
da agricultura e da astronomia. Não é qualquer planta ou cipó que faz um povo,
uma história milenar, uma religião. Só não puderam utilizar a sagrada
ayahuasca para produzir metálicos fuzis, pois se assim fosse, não teriam sido
dizimados pelos invasores espanhóis. Pizarro não consumiu o "cipó dos mortos",
por isso dizimou tantos guerreiros, mulheres índias, donzelas, pajés, curumins.
A ayahuasca resistiu, venceu os invasores e as suas crenças unilaterais,
atravessou os séculos, os milênios, unificou as milenares gerações indígenas
e suavizou a dor 'civilizatória' das eras pós-colombianas.
Quando o Acre propôs, sob a iniciativa da deputada Perpétua Almeida,
que o uso ritualístico da ayahuasca fosse considerado patrimônio
cultural imaterial é porque ninguém mata uma alma, ninguém prende um
sentimento, ninguém aniquila uma vontade, ninguém encarcera uma
opinião, ninguém enclausura uma fé. A ayahuasca é diferente de outras religiões,
que nascem de visões, contatos divinos, que têm origem na cosmologia do céu
para a terra. A Ayahuasca é a religião da terra para o céu, da matéria eterna e
natural para o infinito do sonho humano, a religião natural.Uma verdadeira
e única religião do Brasil, aliás, uma colossal e genuína religião amazônica!
Combatê-la é bizarra síndrome de colonizador!

6.6.08

Viva Verde Fundição

Um Dia de Ação e Festa do Ambiente e Cultura


Programação do Viva Verde Fundição - Espaço Atmosfera, dia
7 de junho com horários de realização de cada atividade

14:00h - Abertura - lavagem e bênção pelo pároco da Catedral, da
Imagem de São Sebastião que durante17 anos protegeu o palco do Circo
Voador original e protege a Fundição Progresso desde 1999.

Mercado Justo e Solidário - artes indígena e popular de todo Brasil
que acontecerá durante todo o evento.

15:00h - Oficina de horta e jardim, iniciando a interferência no
ambiente do terraço da Fundição. Secretaria de Agricultura de
Paracambi_Projeto Florescer;

15:00h - Um tapete cheio de Histórias – Claudiana Cotrim

15:00h às 16:00h - Ciclo cultura – Oficina de mobilidade e
ambiente_Transporte Ativo
. Coordenador: José Lobo.

15:00h às 16:00h - Trocas Verdes (produtos e serviços) _ICV-Brasil.
Coordenadoras: Renata Moraes e Isabella Vargas.
Mesas: Infantil; Jovem; Adulto; livros, CDs e DVDs.
Sobre as trocas Verdes acesse

16 às 19:00h - Oficina de Vídeo animação – Animambembe

16:00h - oficina-vivência: "A energia do Tai Ji Chuan" de
aproximadamente 40 minutos, seguido de uma demonstração de cerca de 10
minutos_Grupo ToTao Cordenadora: Chang Whan.

16:00h - Vivência Reconectando com a Mãe Terra: A Sabedoria da Tribo
FULNI-Ô. Coordenadora: Catarina Peixoto

16:30h - Oficina de Contação de Histórias. Claudiana Cotrim

16:30h – Oficina de Passes Mágicos – Prática de Tensegridade – Nelson Neraiel

16:30h – Demonstração de Jogos de Tabuleiro_Riachuelo Games.
Coordenador: Antônio Marcelo.

17:00h - Tapete de Histórias dos Índios do Rio de Janeiro - a Canoa do
Tempo. Alunos da Escola de Teatro do CETEP Quintino (FAETEC) em
parceria com Pró Índio (UERJ). Coordenadora: Ananda Machado.

17:00h - Apresentação do projeto "Rotas do Brasil"
e a próxima viagem. Coordenador: Roberto
Dias

Das 17 às 19:00h – Massagem (shiatsu e crânio sacral). Deolinda Carvalho

17:30h – Performance com Teatro de Sombras: Soltando os Bichos.
Coordenadora: Ananda Machado

19:00h - Acrobacia Aérea – Fernanda Ledesma

Encerramento as 20:00h com Loving Jah, muito reggae

Palestras iniciando às 15:00h com duração de 30 minutos

15:00h
*Palestra Técnicas Interativas de Criatividade. Junyor Palhares
* Apresentação da proposta pedagógica da Escola de Jongo. Marisa Silva
*Palestra sobre manutenção e montagem de computador. Abner Feital_PC-Vida

15:30h
*Palestra Etnicidade Negra e o Meio Ambiente", Alexandre Nascimento

*Palestra Jogos e desenvolvimento da cidadania. Antônio Marcelo_Riachuelo Games

16:00h
* Palestra sobre O Bicho Lixo: Narrativas Orais Guarani, Teatro de
Bonecos e Meio Ambiente
* Palestra sobre Ecologia Interior e Reciclagente. Renata Moraes

16:30h
*Palestra Caminhadas Ecológicas e nossos passos sobre a Terra.
Isabella Vargas_ICV-Brasil/Programa Converdgencia
* Função dos Projetos nas Ações do Terceiro Setor_Moni Abreu

17:00h
* Palestra sobre Consumo Consciente. Bianca Carvalho/Instituto Teia de Gaia.
* Novas perspectivas sobre o Aquecimento Global_Cosme Aristides

17:30h
* Palestra "Tente frear a mudança climática - ou aprenda a sobreviver
a ela"_Fernando Aglio.
* Ecologia Social e Sustentabilidade_Celso Sanches/Bioética

18:00h Plenária de Fechamento: "Percepção e Construção de Ressonâncias
para um Ambiente Harmônico ", com objetivo de discutir propostas
convergentes entre os participantes. Mediador - Glaucio Costa

Participe!!

Consulte a programação completa no site
Nos vemos lá!