7.10.11

I pray

* Truth Movement * Environmental Justice * Earth Rights * Organic * Community gardens * Community Land Trusts * Permaculture * Reverence of Life * Understanding * Meaning * Purpose * Real * Insight * Heart * Holistic * Diverse * Balanced * Possible * Open * Honesty * Trust * Cooperation * Beauty * Healthy * Dance * Gift Economy * Joy * Music * Art * Humor * Creativity * Respect * Do not harm * Buy Local * Soul * Courage * Enthusiasm * Fun * Flowing * Solidarity * Kindness * Hear to be heard * Planting Seeds *

4.10.11

'É DANDO QUE SE RECEBE?'

Leonardo Boff
Estamos em tempos de montagem de governos. Há disputas por cargos e funções por parte de partidos e de políticos. Ocorrem sempre negociações, carregadas de interesses e de muita vaidade. Neste contexto, se ouve citar um tópico da inspiradora oração de São Francisco pela paz "é dando que se recebe” para justificar a permuta de favores e de apoios onde também rola muito dinheiro. É uma manipulação torpe do espírito generoso e desinteressado de São Francisco. Mas desprezemos estes desvios e vejamos seu sentido verdadeiro. Há duas economias: a dos bens materiais e a dos bens espirituais. Elas seguem lógicas diferentes. Na economia dos bens materiais, quanto mais você dá bens, roupas, casas, terras e dinheiro, menos você tem. Se alguém dá sem prudência e esbanja perdulariamente acaba na pobreza. Na economia dos bens espirituais, ao contrario, quanto mais dá, mais recebe, quanto mais entrega, mais tem. Quer dizer, quanto mais dá amor, dedicação e acolhida (bens espirituais) mais ganha como pessoa e mais sobe no conceito dos outros. Os bens espirituais são como o amor: ao se dividirem, se multiplicam. Ou como o fogo: ao se espalharem, aumentam. Compreendemos este paradoxo se atentarmos para a estrutura de base do ser humano. Ele é um ser de relações ilimitadas. Quanto mais se relaciona, vale dizer, sai de si em direção do outro, do diferente, da natureza e até de Deus, quer dizer, quanto mais dá acolhida e amor mais se enriquece, mais se orna de valores, mais cresce e irradia como pessoa. Portanto, é "dando que se recebe”. Muitas vezes se recebe muito mais do que se dá. Não é esta a experiência atestada por tantos e tantas que dão tempo, dedicação e bens na ajuda aos flagelados da hecatombe socioambiental ocorrida nas cidades serranas do Rio de Janeiro, no triste mês de fevereiro, quando centenas morreram e milhares ficaram desabrigados? Este "dar” desinteressado produz um efeito espiritual espantoso que é sentir-se mais humanizado e enriquecido. Torna-se gente de bem, tão necessária hoje. Quando alguém de posses dá de seus bens materiais dentro da lógica da economia dos bens espirituais para apoiar aos que tudo perderam e ajudá-los a refazer a vida e a casa, experimenta a satisfação interior de estar junto de quem precisa e pode testemunhar o que São Paulo dizia: "maior felicidade é dar que receber” (At 20,35). Esse que não é pobre se sente espiritualmente rico. Vigora, portanto, uma circulação entre o dar e o receber, uma verdadeira reciprocidade. Ela representa, num sentido maior, a própria lógica do universo como não se cansam de enfatizar biólogos e astrofísicos. Tudo, galáxias, estrelas, planetas, seres inorgânicos e orgânicos, até as partículas elementares, tudo se estrutura numa rede intrincadíssima de inter-retro-relações de todos com todos. Todos co-existem, interexistem, se ajudam mutuamente, dão e recebem reciprocamente o que precisam para existir e co-evoluir dentro de um sutil equilíbrio dinâmico. Nosso drama é que não aprendemos nada da natureza. Tiramos tudo da Terra e não lhe devolvemos nada nem tempo para descansar e se regenerar. Só recebemos e nada damos. Esta falta de reciprocidade levou a Terra ao desequilíbrio atual. Portanto, urge incorporar, de forma vigorosa, a economia dos bens espirituais à economia dos bens materiais. Só assim restabeleceremos a reciprocidade do dar e do receber. Haveria menos opulência nas mãos de poucos e os muitos pobres sairiam da carência e poderiam sentar-se à mesa comendo e bebendo do fruto de seu trabalho. Tem mais sentido partilhar do que acumular, reforçar o bem viver de todos do que buscar avaramente o bem particular. Que levamos da Terra? Apenas bens do capital espiritual. O capital material fica para trás. O importante mesmo é dar, dar e mais uma vez dar. Só assim se recebe. E se comprova a verdade franciscana segundo a qual ”é dando que recebe” ininterruptamente amor, reconhecimento e perdão. Fora disso, tudo é negócio e feira de vaidades. [Autor de A oração de São Francisco, Vozes 2010]. *Leonardo Boff é Teólogo,Filósofo e Escritor.

28.9.11



Temos de erradicar da alma todo medo e temor do que o futuro possa trazer ao homem.

Temos de adquirir serenidade em todos os sentimentos e sensações a respeito do futuro.

Temos que olhar para a frente com absoluta equanimidade, para com tudo o que possa vir, e temos que pensar, somente, que tudo o que vier nos será dado por uma direção mundial plena de sabedoria.

Isto é a parte do que temos de aprender nesta era, a saber:

Viver com pura confiança, sem qualquer segurança na existência; confiança na ajuda sempre presente do mundo espiritual.

Em verdade, nada terá valor se a coragem nos faltar.

Disciplinemos nossa vontade e busquemos o despertar interior todas as manhãs e todas as noites.



Rudolf Steiner

Video Cortina de Fumaça no NEIP

Veja aqui.

10.9.11

Trailer do filme "Com os Pés na Cabeça"



Filme rodado no Vale do Matutu com a participação da comunidade local. Direção: Tiago Scorza e Gabriela Liuzzi Dalmasso

25.8.11

Building with Bamboo

Read more here.

BELOVED 2011 - Open Air Sacred Art & Music Festival



Através das eras temos chamado a unidade divina de várias maneiras. Essa miríade de nomes está contido num só termo que poderíamos designar como Beloved (tradução: amado)
Beloved é também um evento na Siuslaw National Forest, Estado do Oregon. Cerca de mil pessoas acampam com suas barracas no meio da floresta durante quatro dias, onde rola muita música e arte sagrada. Entende-se que a música e a arte sagradas podem erradicar a ilusão da separação entre as pessoas, a Mãe Terra e o Amado (Beloved).
Fotos: L.E.Pomar

Visual do palco e da pista de dança. Os dias foram recheados com muita música, dança e palestras.

Liberdade de expressão: Ao ver uma cena como essa pensei comigo; "aqui dá pra você ser realmente o que quiser ser, ou seja, vc mesmo de verdade.


Programação intensa de shows.


O evento tem a tentativa de deixar a menor marca na questão do lixo. No convite sugere-se que tragamos copos para o uso próprio, para evitarmos os descartáveis. Compostos orgânicos foram feitos durante o evento, inclusive propiciando turmas de alunos que desejavam aprender a prepará-los.









 
Muita dança



e estilo.


Área do camping. Fiquei impressionado com o respeito e a qualidade com que as pessoas lidavam no dia-dia dos campings. Sem sujeira, sem barulho e com muita harmonia.



Vários artistas expuseram suas telas e montaram altares.

Artistas também pintaram ao vivo suas telas durante o evento. 
Tela em processo de execução de Eric Nez.


Tenda de exposição de arte visionária.

Obra de Autumm Skye


Palestra do Mitologista Michael Meade, um dos muitos workshops do evento.

Tendas foram montadas para a realização dos workshops.

Espaço para os artesãos.

Teve também um espaço das mamães e papais com seus filhos. 
Saratone deu a graça do seu belo violão. Veja o show de Saratone no Beloved aqui.


Cultura alternativa, espiritualidade, 
música e toda as formas de expressão artística foram bem-vindas no Beloved 2011.