30.5.07

Ernst Fuchs

Burning Man 2007

Todos anos acontece o Festival Burning Man, em Black Rock Desert, um lago seco conhecido como The Playa no estado de Nevada, EUA aonde cerca de 25.000 pessoas passam uma semana e participam de forma comunitária do evento. Fundado por Larry Harvey, que a cada ano propõe um tema a ser desenvolvido pelos participantes através de performances, instalações ,arte, etc... Não existe regras de como cada participante deva se comportar, tudo é livre, desde que não ofereça qualquer perigo. Todos os anos é construído uma grande escultura de um homem que é queimada ao final do evento.


Tema de 2007 - The Green Man
De Amigável aparência por trás de uma tela de cipó e folhas, "The Green Man" não fala nem dorme; ele aguarda. Seu significado e sua origem foram perdidas há muito -"The Green Man" não tinha nome até o ano de 1939. É sabido, no entanto, que esse tipo de enigmática figuras foi obra de artistas e desconhecidos artesãos que adornavam as paredes e fendas de catedrais medievais. Esse ano o Burning Man irá se apropriar do "The Green Man" e lançar sobre a imaginação uma nova proposta. O tema se preocupa sobre as relações humanas com a natureza. Será nós, como seres conscientes, uma existência influenciadora na natureza, ou sua força nos impele à raiz central de o que somos nós?

29.5.07

Steve Hatchett


"I like to draw with an improvisational approach, kind of like doodling. Art is a way for me to express some of my innermost thoughts and feelings, a way to release some creativity that I keep hidden deep inside" - Steve Hatchett



Fotos: Luis Eduardo Pomar


Dado Saboya

Hippiecraque
Jory Gaunce

Foto: Luis Eduardo Pomar

"Há milênios que sofremos, interior e exteriormente, e apesar disso, não parecemos capazes de aprender. Demonstra isso que não temos verdadeiros interesses no viver, no viver livre e totalmente, no viver sem conflito e sem penar. Não desejamos conhecer a estrutura do sofrimento, a natureza do medo. Aceitamo-la ou a ela nos ajustamos; sujeitamo-nos a qualquer coisa, salvo naturalmente se nos causa excessivo sofrimento físico - quando então procuramos o médico ou algum meio de aliviar-nos. Mas aceitamos a dor psicológica. E o medo me parece ser um dos maiores problemas. Pois a mente que teme, que sente ansiedade, é incapaz de pensar com lucidez; essa mente vive no escuro, sujeita a neuroses e contradições em várias formas. E, quando percebemos que temos medo, a maioria de nós trata de fugir, de afastar-se dele o mais possível, ou ainda, nos conformamos com ele, aceitamo-lo e ficamos vivendo na escuridão... As religiões têm tentado em vão mudar o homem e ainda não aprendemos a deter as guerras. As religiões ensinam: não matar, amar ao próximo, ser bondoso, gentil, pensar nos outros. E também nada disso fazemos. As religiões tornaram-se meros rituais, sem nenhum significado na vida. Mas é nescessário que os homens tenham uma mente religiosa, não se trata de dogmas, mas uma mente sem temor, capaz de ficar só, não isolado, mas só e sem medo." Krishnamurti

Foto: Luis Eduardo Pomar
Foto: Luis Eduardo Pomar

Pra quem não se lembra, essa é a mesma fábrica da capa do disco da banda Pink Floyd "Animals".

28.5.07

Foto: Luis Eduardo Pomar

As grandes cidades ferem aos sentidos básicos do homem. Como Amanda, minha companheira diz: "-É ruim para o olfato, para a visão e audição." Morro dos Prazeres, Santa Tereza, Rio de Janeiro.

Pensamentos Pentecostais 1

Genie Weaver

Pra mim a maior prova que sempre vivemos como espírito é que, se analizarmos o tempo, eu diria a linha do tempo, desde a criação do Sol, dos planetas, consequentemente os seres vivos, até hoje, seria uma coincidência extrema estarmos vivos justamente agora. Porquê só agora estamos vivos, nesse incontável bilhões de anos da existência cósmica? Quê capricho do destino seria esse? Estamos vivos porque sempre vivemos, aqui fisicamente ou nos mundos espirituais.

Pensamentos Pentecostais 2

Fotos: Luis Eduardo Pomar

...quando nos encontramos desligados do contexto do espírito, surge o medo. E medo permeia toda a humanidade de nossos dias porque estamos desligados desse organismo temporal do espírito - estamos perdidos e, por assim dizer, fragmentados...
O que vai acontecer? Vou soçobrar? O mundo será aniquilado no próximo instante? ...Medo! ...O medo não pode ser superado simplesmente ao reprimi-lo. Coragem é criada através do espiritual, através de atividade espiritual por cujo intermédio encontramos uma nova relação em uma realidade espiritual, na qual esse organismo temporal é captado pela consciência. Despertamo-nos nele! Contudo, mesmo que o indivíduo alcance algo nesse sentido, volta a perder muito facilmente essa relação. Quando ele como pessoa pequena, passeia pela rua pensando no universo, acaba sendo preenchido apenas pelo que recebe dos jornais e dos meios de comunicação de massa, pela imagem de um universo totalmente mecânico, só material, pelo qual ocorre na Terra é completamente destituído de significado. Ao fazermos uma representação pessoal, exata e intensa dessa imagem astrofísica do universo e pensarmos, depois, que a Terra toda e a humanidade inteira seriam aniquiladas no instante seguinte, o que significaria isto para o mundo todo representado astrofisicamente? Nada! Pensaríamos que tudo continuaria rolando como se nada houvesse acontecido - absolutamente nada! A humanidade moderna tem portanto uma imagem do universo, pela qual toda a existência própria será apagada. Isto gera medo no subconsciente. Texto: Jörgen Smit

Bali, Ubud e Cogumelos.

Kris McKinley

C.A.Shaman

Nos anos 70, a ilha de Bali era destino principalmente de europeus em busca do psicodelismo dos cogumelos. Ubud, cidade rural no interior da ilha era o refúgio predileto dessa turma. Hoje Ubud é um centro importante de turismo pelo seu belo artesanato local e ótimos restaurantes. Não se vê mais hippies por lá. A coisa ficou séria em relação as drogas. Tenho um conhecido brasileiro que está no corredor da morte por traficar. Nos anos 80 o movimento mudou, foram os surfistas atrás de uma das melhores ondas do planeta que "crowdearam" o pico. Cheguei a ver nessa época um último resquício daqueles hippies que dormiam nas praias esperando pelas melhores ondas. Como andarilhos, catavam cogumelos, e distribuíam entre a galera que chegava junto para ouvir histórias e casos.

Foto: Luis Eduardo Pomar

Bali, até quando?

Fotos: Luis Eduardo Pomar




Bali é a única ilha de religião hindu dentre as mais de 5 mil que formam a Indonésia, país mulçumano com mais de 250 milhões de habitantes. Conta-se que muitas batalhas e invasões a ilha sofreu, e heroicamente os balineses venceram todas as invasões. Quando os mulçumanos espreitaram os exércitos balineses contra o precipícios das falésia que compõe o cenário da ilha, estes preferiram o suicídio coletivo, para que suas almas não fossem dominadas pelos inimigos. A maldição voltou contra os inimigos mulçumanos e todos partiram deixando a ilha livre novamente. Eu fui a Bali em 1989, realmente podia se ver uma cultura singular, ainda que o turismo fosse forte, o povo mantinha ainda muito da sua cultura milenar. Hoje, a globolização ameaça novamente a ilha, junto com os atentados terroristas dos fundamentalistas islâmicos. Nos mesmos penhascos aonde aquele povo recusou a entregar suas almas, grandes resorts de luxo ocupam o espaço sagrado. Será que a nova maldição vai vir em forma de tsunami?

Fotos: Luis Eduardo Pomar








Retratos do Vale do Rio Juruá

Fotos: Luis Eduardo Pomar







Casa de feitio do Santo Daime em Cruzeiro do Sul, Acre.













Viagem de batelão descendo o Rio Juruá em direção aos Estorrões.





Caboclas da região do Vale do Juruá.


Foto:Luis Eduardo Pomar

Alfredo Gregório de Mello, junto com seu pai Sebastião Mota de Melo, são os principais responsáveis pela expansão do Santo Daime mundo à fora. Hoje pode-se tomar o Daime na Holande e na Espanha legalmente. Muitos outros países estão em processo de legalização. À partir de 1996, Alfredo Gregório vêm também expandindo e desenvolvendo comunidades do Santo Daime no Vale do Juruá, Amazônia. Como ele diz:
"-Uma árvore quanto mais põe seus galhos e ramos pra cima, também deve pôr suas raízes para dar sustentação fundo na terra." A expansão do Santo Daime mundo a fora não teria sustentação necessária se não fosse também aprofundado como raízes de uma árvore, para dentro do seu berço natural, a Amazônia.