2.6.07

Retorno ao Paraíso

Ernst Fuchs

O pecado original se deu, quando o homem afastado dos ritmos da natureza, e dono de seu agir e livre arbítrio, começou o processo de violentar a Mãe Terra (símbolo da maçã mordida) através do egoísmo (pecado). O Paraíso pode ser comparado aos mundos celestes. Tudo é harmonia. Ao mesmo tempo a natureza é harmonia. O homem deixou de ser natural e celeste, para vir habitar no mundo da causa e efeito, para dar cumprimento à sua própria evolução. Através do fruto da árvore do conhecimento, ele pode moldar seu espírito através de erros e acertos, e chegar à reais conclusões. Através da experiência do mundo terreno e da capacidade de orientar o seu destino por forças cognitivas, o homem esforça-se para polir seu espírito. Vislumbra então o retorno ao paraíso. Como na parábola do "Filho Pródigo", retorna à casa do Pai regenerado e um grande banquete é oferecido por sua volta. Agora, esse novo Adão não volta mais ao mesmo ponto de saída, e sim um degrau à cima.

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