20.6.07

O Batismo de João

...Os batizados vinham a ser submersos na água. Aí comparecia a eles, isso que sempre comparece quando o homem através de algo qualquer recebe aquele choque, que ele pode receber por qualquer ameaça de morte, como por exemplo, quando ele cai na água e está próximo do afogamento, ou quando ele despenca do alto de uma montanha. Aí sombrevem um afrouxamento das forças de vida. As forças de vida saem parcialmente do corpo físico, e a consequência é que comparece algo que sobrevem quando morremos: uma espécie de retrospectiva sobre a nossa última vida. Isto é um fato conhecido, que frequentemente vem a ser descrito, também por pensadores materialistas do presente. Algo parecido acontecia no batismo de João. As pessoas eram mergulhadas sob a água. Isso não era um batismo como hoje ele é usual, porém por meio do Batismo de João vinha a ser efetuado, que o corpo de forças vitais dos homens se afrouxasse e que as pessoas vissem mais do que elas podiam conceber com a inteligência habitual. Elas viam a sua vida no espírito. Também elas viam isso, que João Batista ensinava: que o tempo antigo está cumprido e que um novo tempo precisaria começar. A humanidade chegou a um ponto de virada na evolução: o que os homens desde longos tempos estiveram vivendo numa alma de grupo (alma de povo) está na completa extinção. Por isso, o Batismo de João trazia um novo impulso, novas qualidades precisariam vir para a humanidade. Isto era o Batismo de João, uma coisa de reconhecença. "Mudai o sentido, não mais dirigis o olhar meramente para trás...", porém olhai lá sobre algo diverso: o Deus, que se pode revelar em cada humano EU, chegou perto pra cá; os reinos do divinal vieram chegando aqui perto. Isso o Batista
não somente apregoava, isso ele os fazia reconhecer, quando ele lhes deixava vir a ser participado o batismo no Rio de Jordão...
Extraído do "O Evangelho de Marcos" de Rudolf Steiner

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