3.2.07

Iconografia


A Arte do Ìcone, remontada aos primeiros tempos do cristianismo, teve origem na Palestina, Síria, Egípto e é depois desenvolvida na Grécia e na Rússia do XII ao XV século. O primeiro pintor de ícone foi o evangelista S. Lucas, que é representado no ato de pintar a imagem da Senhora com o Menino Jesus. Os ícones bizantinos pintadas sobre a madeira segundo as regras da antiga tradição, respeitam um saber
teológico e simbólico reservado em tempo a pouquíssimos monges, ascetas, santos e adeptos. O pintor asceta que pintava a imagem sagrada devia por isso penetrar o segredo dos símbolos, respeitar as correspondências cromáticas e escolher acuradamente os materiais a utilizar.
Já em 1971 Tommaso Palamidessi, o fundador da escola de Arqueosofia, trouxe à luz esta especialíssima arte ilustrando os segredos técnicos e as bases teológicas através da obra: O Ícone, as cores e a ascese artística, Doutrina e experiências para uma via até à auto-superação e uma consciência divina da Arte.
Escreve Tommaso Palamidessi: No momento no qual o artista coloca a mão
ao pincel às cores da paleta, a sua consciência experimenta o amplexo com a natureza que ele observa fora e dentro de si e que projeta sobre o quadro de lenho ou sobre a tela. Mas porque este processo psicossomático surge no indivíduo primitivo e naquele civilizado, no idiota ou no louco, no santo e no ateu, com incalculável influxo
emotivo em quem vê a criação destas obras e em quem as produz, até a influenciar os processos de evolução espiritual pessoal, é evidente que para o homem sábio a Arte pictória e os seus produtos devem ser utilizados com finalidades elevadas, de perfeição moral e espiritual, e não de queda, dor, ruína ou morte interior. A luz física e as cores têm uma ação reflexa sobre uma outra luz e outras cores, que podemos definir de natureza psíquica. É portanto extremamente perigoso ignorar
o significado profundo espiritual, anímico e erótico das sete cores do espectro cromático. Diz Gogol: "Se a arte não completa o milagre de transformar a alma do espectador, é somente uma paixão passageira.

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