28.4.11

Feira da Milpa

Primeiro Encontro Ibero-Americano de Ecovilas 2012 - Colômbia

Vídeo "Sementes do Amanhã"




Vídeo patrocinado pelo Projeto Comunidades da Serra do Papagaio, realizado pela Fundação Matutu através do PDA, (saiba mais no sitehttp://www.serradopapagaio.org.br/ ) Um olhar de jovens moradores sobre o momento atual do Vale do Matutu, em Aiuruoca -MG. Direção: Fernanda Cougo (Ambientarte) 

Morada do Sol, Matutu





Fotos: L.E.Pomar 

Foto: Amanda Farias

11.4.11

OAB pede novo referendo


Leia aqui toda a reportagem.


Neste domingo a Ordem dos Advogados do Brasil defendeu a retomada da discussão sobre o desarmamento no Brasil. Para o presidente da OAB do Rio de Janeiro, Wadih Damous, o massacre que deixou 12 crianças mortas, na última quinta-feira, deve servir como reflexão para os riscos que a sociedade corre com o livre acesso de cidadãos a armas de fogo. “Uma tragédia como essa, infelizmente, acaba servindo de lição, por conta da facilidade com que se consegue adquirir armas no Brasil. Esse rapaz não era membro de quadrilha, não era do crime organizado, era um descontrolado que tinha acesso com facilidade a uma arma”, disse. Em 2005, em um referendo que perguntava “O comércio de armas de fogo e munição deve ser proibido no Brasil?”, 63,94% dos brasileiros disseram não ao desarmamento contra 36,06% que votaram pelo fim do acesso às armas. “Talvez a sociedade brasileira tenha amadurecido do referendo para cá”, pondera Damous. Na avaliação do jurista, a retomada do debate nacional sobre o desarmamento poderia ser feita inclusive com a convocação de um novo referendo. “Essa é uma discussão que merece ser feita democraticamente. Um novo referendo seria oportuno e democrático.” Damous lembra que a legalidade do porte de armas no Brasil é responsável por “tragédias domésticas diárias” e acaba abastecendo grupos criminosos. “Não há porque o cidadão, a sociedade civil estar armada. Quando o cidadão tenta usar a arma normalmente é morto ou tem a arma roubada e aumenta o poder de fogo dos criminosos. E a arma ainda incentiva a noção de fazer justiça com as próprias mãos, o que exime o Estado da responsabilidade de garantir a segurança”, avalia Damous.

4.4.11

Frida Kahlo

Veja o website aqui .

Paisagens do Matutu - Serra do Papagaio, MG










L.E. Pomar 

Queremos opinar sobre a Matriz Energética do Brasil

O povo brasileiro jamais foi consultado sobre o uso de energia atômica para geração de energia, no entanto o Brasil já tem implantadas em seu território as Usinas Nucleares de Angra dos Reis no estado do Rio de Janeiro, são duas usinas nuclerares, Angra I e Angra II.
A Eletrobras Eletronuclear foi criada em 1997 com a finalidade de operar e construir as usinas termonucleares do país. Subsidiária da Eletrobras, é uma empresa de economia mista e responde pela geração de aproximadamente 3% da energia elétrica consumida no Brasil. Há um plano de ampliação previsto para construção de uma nova usina nuclear,Angra III na Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto - CNAAA.
O Plano Nacional de Energia (PNE 2030) que subsidia o Governo na formulação de sua estratégia para a expansão da oferta de energia até 2030 aponta a necessidade da construção de novas centrais nucleares nas regiões Nordeste e Sudeste.
Os brasileiros da atual geração e as próximas gerações irão arcar com os riscos desta decisão (opção pelo uso da energia atômica para geração de energia) que partiu da iniciativa de gerações anteriores, como no caso a Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto - CNAAA, idealizada pelo Almirante Álvaro Alberto, nascido em 1889, que não chegou a ver Angra 1 gerando energia, pois faleceu em 1976.
A sociedade brasileira, bem como todo o planeta, está hoje vivendo a tensão gerada pelos acidentes em usinas nucleares como Chernobyl e mais recentemente com a usina nuclear de Fukushima e preocupada com a possibilidade de novos acidentes nucleares tanto no Brasil como no mundo.
O atual governo brasileiro sinaliza que a partir da ação conjunta com a Argentina pretende utilizar a energia nuclear para finalidades pacíficas, entretanto a sociedade não foi consultada novamente se há interesse público neste tipo de ação.
Sabemos de antemão que o uso de energia hidroelétrica é uma execelente opção para países como o Brasil, que possui inúmeros corpos hídricos em todo seu território. Reforçamos aqui que a construção de pequenas usinas podem ser a solução equilibrada para que o impacto ambiental seja minimizado. Também reforçamos que o uso de energia eólica, solar e pesquisas com novas tecnologias para obtenção de energia devam ser incentivadas através de programas governamentais.
Nossa preocupação é principalmente de garantir às futuras gerações e ao planeta como um todo qualidade de vida e segurança.
Através deste abaixo assinado que será encaminhado diretamente ao Governo Federal do Brasil, bem como a todos os representantes do povo brasileiro eleitos para o Senado e Câmara Federal, exigimos que seja respeitado nosso direito de opinar sobre qual a matriz energética que desejamos adotar para o Brasil, colocando em discussão a expansão das Usinas Nucleares no Brasil, bem como a construção de grandes usinas hidroelétricas, como a construção da Usina Hidroelétrica de Belo Monte, que apesar de todas as polêmicas geradas continua em implantação.
Nós,brasileiros, abaixo assinados exigimos a realização de um Plebiscito Nacional onde possamos escolher de forma democrática a Matriz Energética do Brasil.

ASSINE AQUI .

Nuclear em novo momento

Veja aqui .

Meghan Tatiana Jacobsen

Orixás de Menote Cordeiro



1.4.11

American Power - Mitch Epstein


Saber ouvir o outro

      Estamos vendo acontecer uma grande falta de diálogo seja no cenário político, ou nas relações inter-pessoais. Uma falta de saber “ouvir o outro”.
      No mundo moderno, os interesses de lucro sobrepõe as questões de humanidade e ética. Vemos proliferarem as usinas atômicas e plataformas de petróleos por toda parte, mesmo sabendo que parte da humanidade consciente dos seus malefícios, já não suporta mais esses tipos de fontes energéticas. Pessoas, grupos e entidades buscam se colocar num diálogo, muitas vezes um monólogo.
      Casos como os acidentes da usina atômica de  Chernobyl e Fukushima  ou da explosão da plataforma da British Petroleum no Golfo são exemplos de uma política energética fadada ao fracasso. Existe uma tentativa de diálogo para a mudança quanto a essas corporações e governos nessa questão. Podemos ver que no Brasil 20 milhões de votos, em 2010, foram dados para uma plataforma de governo que pregava a sustentabilidade em sua ações. Na Alemanha, as votações regionais foram completamente influenciadas pelo drama de Fukushima, aonde o Partido Verde derrotou a democracia cristã em Baden-Wutteremberg. Isso é a clara noção de que parte do povo dá sua resposta e quer uma mudança de pensamento.
     O problema é que a arrogância, o desprezo ao mundo e o imediatismo imperam. Estamos vendo acontecer o pior dos pecados, que é a indiferença. Ao fecharem-se em função do lucro, governos e corporações desprezam os perigos que possam acontecer a gerações futuras. Aspirações de um mundo mais saudável ecologicamente exige que governo e corporações dêem ouvidos as reivindicações das novas gerações que querem ter um futuro ainda neste planeta.
      Vejo algumas soluções drásticas, mas funcionais. Consumidores passam a ser conscientes em suas ações de consumo quando só adquirem produtos certificados ecologicamente e preterem produtos de países que utilizem energias atômicas. Essas atitudes parecem ser uma resposta radical, como uma guerra dentro do liberalismo econômico atuante, aonde através da nossa conscientização e ações possamos fazer ser ouvidos e libertados.
      Ouvir, demonstra educação e respeito. É uma atitude amorosa. Quem ouve dá a chance a si mesmo de crescer. Por isso acredito que empresas e governos do século XXI terão que se alinhar e ouvir seus consumidores e cidadãos se quiserem atravessar esse século que começou apresentando reais mudanças de paradigmas. Isso vale também no contexto das inter-relações individuais.  Filhos não ouvem os pais, e pais não tem tempo de ouvir os filhos. Desenvolvem o egocentrismo incentivado pelo mundo do liberalismo . Não que não seja reconhecido os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade inspiradores do liberalismo . Na realidade, esses ideais não estão funcionando no mundo moderno. A economia no liberalismo não é fraterna, visa lucro sem pensar no bem comum. A desigualdade de norte ao sul é gritante. E como no livro de Adous Huxley, “Admirável mundo novo ”,  jamais o selvagem, personagem central, poderia sobreviver a códigos pseudo-liberais, sendo fadado a empreitar sua fuga solitário para o mundo natural. Os homens que se recusam a aceitar este desencanto do mundo , é igual a esse selvagem de Huxley. A liberdade só existe fora do mundo moderno, se é que existe mesmo. Vivemos uma pseudo-liberdade, consumimos o que não precisamos, desejamos o que não é necessário e buscamos a vida feliz dos anúncios de margarinas. Só haverá liberdade quando consigamos ouvir a nós mesmos e os outros. Só haverá liberdade quando houver diálogo. Segundo o psicólogo Carl Rogers , “quando se ouve alguém, verdadeiramente, e se apreende o que mais importa a essa pessoa, ouvindo não apenas as palavras, mas a ela mesma, e fazendo-a saber que foram ouvidos  os seus significados pessoais privados, surge um sentimento de gratidão, e a pessoa se sente libertada. E, imersa nesse sentimento de liberdade, sente um forte desejo de transmitir mais coisas sobre o seu pequeno grande mundo.”  
Texto de L.E.Pomar