4.7.07

Comunidade Fortaleza


Vídeo realizado em 2006 no V Encontro Para o Novo Horizonte na Comunidade Fortaleza, Acre, trazendo através de depoimentos do Sr. Luiz Mendes lembranças vivas do Mestre Irineu.

2.7.07

Findhorn registra baixa recorde de "pegada ecológica"

Casas com eficiência energética e sustentáveis. Fotos: Leylah Navarro Lins

Findhorn é uma comunidade espiritual composta de cerca de 400 pessoas e espalhada em torno da baía de Findhorn, ao norte da Escócia. Fundada em 1962 por Peter e Eileen Caddy e Dorothy Maclean, a comunidade tornou-se conhecida pelo seu trabalho com as plantas e a comunicação com os reinos naturais. A ecovila da comunidade, entre todas as comunidades do mundo industrializado, registrou baixa recorde da "pegada ecológica". A pegada ecológica é uma ferramenta que mede o consumo de recursos e a criação de resíduos ou de lixo, cada vez mais indispensável ao mundo de hoje em que a eficiência energética e a sustentabilidade são fundamentais no esforço para combater as alterações climáticas. A pegada ecológica da ecovila é pouco mais que a metade da média nacional britânica, o que significa que um morador de lá consome apenas a metade dos recursos e gera a metade dos resíduos ou do lixo que a média dos cidadãos do Reino Unido. O estudo foi desenvolvido pela GEN-Europe (Global Ecovillage Network, a Rede Global de Ecovilas), em colaboração técnica com o Instituto Ambientalista de Stockholm, baseado na Universidade de York. Isto se deu porque um grande número de pessoas na comunidade se alimenta de produtos orgânicos e cultivados no local, além de muitos moradores viverem em casas eficientes em energia e isso faz a grande diferença na pegada ecológica.
A comunidade tem quatro turbinas eólicas em funcionamento. Esses moinhos de vento fornecem não apenas a eletricidade que precisam, mas também, com a abundância de ventos que a região possui , se tornaram exportadores de energia. Outro fator importante é o compartilhamento de facilidades e recursos, como por exemplo o refeitório comunitário, que registrou uma pegada ecológica de consumo de 46% da média nacional. Um alto índice de empregos na própria ecovila reduziu drasticamente a necessidade de deslocamentos – os deslocamentos dos moradores da ecovila por carro ou trem são apenas 5% e 40%, respectivamente, da média nacional. A partir deste estudo, pode-se concluir que é possível reduzir significativamente o consumo de recursos mantendo uma alta qualidade de vida.
Dados extraídos da Fundação Gaya.

Casas da comunidade Fotos: Leylah Navarro Lins

Comemoração do Solstício de Verão de 2007



Casas estilo "hobbits"

Vila pesqueira de Findhorn


Estufa

Canteiros em forma de mandalas

1.7.07

Nossa Senhora de Guadalupe de Salvador Dali

A Virgem de Guadalupe



Texto Canônico de Valdis Grinsteins

No dia 9 de dezembro de 1531, na cidade do México, Nossa Senhora apareceu ao nobre índio Quauhtlatoatzin — que havia sido batizado com o nome de Juan Diego — e pediu-lhe que dissesse ao bispo da cidade para construir uma igreja em sua honra. Juan Diego transmitiu o pedido, e o bispo exigiu alguma prova de que efetivamente a Virgem aparecera. Recebendo de Juan Diego o pedido, Nossa Senhora fez crescer flores numa colina semi-desértica em pleno inverno, as quais Juan Diego devia levar ao bispo. Este o fez no dia 12 de dezembro, acondicionando-as no seu manto. Ao abri-lo diante do bispo e de várias outras pessoas, verificaram admirados que a imagem de Nossa Senhora estava estampada no manto. Muito resumidamente, esta é a história, que foi registrada em documento escrito. Se ficasse só nisso, facilmente poderiam os céticos dizer que é só história, nada há de científico.
Os problemas para eles começam com o fato de ter-se conservado o manto de Juan Diego, no qual está impressa até hoje a imagem. Esse tipo de manto, conhecido no México como tilma, é feito de tecido grosseiro, e deveria ter-se desfeito há muito tempo. No século XVIII, pessoas piedosas decidiram fazer uma cópia da imagem, a mais fidedigna possível. Teceram uma tilma idêntica, com as mesmas fibras de maguey da original. Apesar de todo o cuidado, a tilma se desfez em quinze anos. O manto de Guadalupe tem hoje 475 anos, portanto nada deveria restar dele.
Uma vez que o manto (ou tilma) existe, é possível estudá-lo a fim de definir, por exemplo, o método usado para se imprimir nele a imagem. Comecemos pela pintura. Em 1936, o bispo da cidade do México pediu ao Dr. Richard Kuhn que analisasse três fibras do manto, para descobrir qual o material utilizado na pintura. Para surpresa de todos, o cientista constatou que as tintas não têm origem vegetal, nem mineral, nem animal, nem de algum dos 111 elementos conhecidos. “Erro do cientista” — poderia objetar algum cético. Difícil, pois o Dr. Kuhn foi prêmio Nobel de Química em 1938. Além do mais, ele não era católico, mas de origem judia, o que exclui parti-pris religioso.
No dia 7 de maio de 1979 o prof. Phillip Serna Callahan, biofísico da Universidade da Flórida, junto com especialistas da NASA, analisou a imagem. Desejavam verificar se a imagem é uma fotografia. Resultou que não é fotografia, pois não há impressão no tecido. Eles fizeram mais de 40 fotografias infravermelhas para verificar como é a pintura. E constataram que a imagem não está colada ao manto, mas se encontra 3 décimos de milímetro distante da tilma. Para os céticos, outra complicação: verificaram que, ao aproximar os olhos a menos de 10 cm da tilma, não se vê a imagem ou as cores dela, mas só as fibras do manto. Convém ter em conta que ao longo dos tempos foram pintadas no manto outras figuras. Estas vão se transformando em manchas ou desaparecem. No caso delas, o material e as técnicas utilizadas são fáceis de determinar, o que não acontece com a imagem de Nossa Senhora.

Os olhos da imagem

Talvez o que mais intriga os cientistas sobre o manto de Nossa Senhora de Guadalupe são os olhos dela. Com efeito, desde que em 1929 o fotógrafo Alfonso Marcué Gonzalez descobriu uma figura minúscula no olho direito, não cessam de aparecer as surpresas. Devemos primeiro ter em vista que os olhos da imagem são muito pequenos, e as pupilas deles, naturalmente ainda menores. Nessa superfície de apenas 8 milímetros de diâmetro aparecem nada menos de 13 figuras! O cientista José Aste Tonsmann, engenheiro de sistemas da Universidade de Cornell e especialista da IBM no processamento digital de imagens, dá três motivos pelos quais essas imagens não podem ser obra humana:
• Primeiro, porque elas não são visíveis para o olho humano, salvo a figura maior, de um espanhol. Ninguém poderia pintar silhuetas tão pequenas;
• Em segundo lugar, não se consegue averiguar quais materiais foram utilizados para formar as figuras. Toda a imagem da Virgem não está pintada, e ninguém sabe como foi estampada no manto de Juan Diego;
• Em terceiro lugar, as treze figuras se repetem nos dois olhos. E o tamanho de cada uma delas depende da distância do personagem em relação ao olho esquerdo ou direito da Virgem. Esse engenheiro ficou seriamente comovido ao descobrir que, assim como os olhos da Virgem refletem as pessoas diante dela, os olhos de uma das figuras refletidas, a do bispo Zumárraga, refletem por sua vez a figura do índio Juan Diego abrindo sua tilma e mostrando a imagem da Virgem. Qual o tamanho desta imagem? Um quarto de mícron, ou seja, um milímetro dividido em quatro milhões de vezes. Quem poderia pintar uma figura de tamanho tão microscópico? Mais ainda, no século XVI...

Tentativa de apagar o milagre

O anarquista espanhol Luciano Perez no dia 14 de novembro de 1921 colocou ao lado da imagem um arranjo de flores, dentro do qual havia dissimulado uma potente bomba. Ao explodir, tudo o que estava perto ficou seriamente danificado. Uma cruz metálica, que ficou dobrada, hoje se conserva no templo como testemunha do poder da bomba. Mas a imagem da Virgem não sofreu dano algum. E ainda ela está hoje ali, no templo construído em sua honra...